29.3.12

IGREJA - ORGANISMO E ORGANIZAÇÃO

INTRODUÇÃO: A humanidade vive,

nos dias atuais, cercada com

desafios de todos os tipos e

tamanhos, mostrando a sua

capacidade de encontrar a solução e

de adaptação no contexto da vida.

Certamente a função Pastoral também

está cercada de grandes desafios,

pois a Igreja é possuidora das suas

próprias necessidades, seja na sua

estrutura organizacional, na

delegação de poder, como também

necessidade de ter um crescimento

sadio; uma boa gestão Pastoral

certamente conduzirá o rebanho de

Deus a vencer, com a orientação

Divina, os desafios dos dias

atuais.





FUNÇÃO PASTORAL NA ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL DA IGREJA



Na estrutura organizacional é

definida a pessoa do administrador,

como administrar e como desenvolver

o seu trabalho até mesmo envolvendo

outras pessoas na estrutura.

A igreja é, simultaneamente,

ORGANISMO e ORGANIZAÇÃO. O povo de

Deus está organizado num tríplice

aspecto, que são:

Aspecto Espiritual

Aspecto Social

Aspecto Econômico

Administrar a igreja do Senhor é

distinguir-se como um autêntico

líder.



Pastor: O Administrador

Eclesiástico

Para uma melhor compreensão da

função pastoral, precisamos saber

que administração eclesiástica é o

estudo de diversos assuntos ligados

ao trabalho do pastor, na sua

função de liderar e de ser o

principal administrador da igreja

em que está servindo.

O administrador é um especialista

na arte de trabalhar com pessoas.

Sente-se vitorioso quando ajuda

outras pessoas a fazer bem o seu

trabalho. A administração perfeita

está nos céus, porém sabemos que

nenhuma igreja sobrevive sem uma

administração organizada.

Não podemos jamais esquecer que a

igreja é uma organização e um

organismo. É um povo organizado

espiritualmente, socialmente e

economicamente.



O Pastor como Administrador

Gerenciar a igreja de Deus é algo

de grande responsabilidade, e

administrar é:

Prever: É preparar-se para o

futuro, com antecedência, com

programas de ação. É predeterminar

um curso de ação.

Organizar: Reunir meios e recursos

materiais e humanos, distribuindo

racionalmente e de uma maneira

harmoniosa e funcionando como um

todo.

Comandar: Determinando as

providências, para que toda a

organização venha funcionar da

maneira correta e dentro das normas

estabelecidas, tomando decisões,

comunicando, motivando e ajudando

as pessoas a melhorarem suas

atividades e habilidades.

Coordenar: Mantendo o organismo em

funcionamento homogêneo,

proporcionando o perfeito

equilíbrio do sistema operacional e

do desenvolvimento. Assim, evita-se

perda de tempo e complicações

indesejáveis.

Organizar: avaliando, regularizando

o trabalho em andamento e acabado.

Estabelecendo padrões de execução e

correção do desempenho.



O Pastor como Capacitador

Administrar não é a capacidade de

fazer muitas coisas e sim a

“ciência de gerar um organismo”, é

distribuir as responsabilidades e

não “executar todas as tarefas”,

fazendo com que todos participem do

trabalho. Muitos líderes querem

tratar pessoalmente dos detalhes

mínimos da organização da igreja e

se esquecem que o trabalho do

administrador é ajudar no

crescimento das pessoas,

capacitando-as para executar as

tarefas e motivando outras pessoas

para o trabalho.

Os líderes de igrejas que

crescem concentram seus esforços em

capacitar outras pessoas para

ministérios específicos. Líderes

que capacitam seus liderados formam

colaboradores, e não meros

ajudantes. O líder que ajuda os

cristãos de sua igreja a chegar a

medida de plenitude intencionada

por Deus para cada um, certamente é

um líder capacitador, que apóia,

motiva e acompanha os liderados na

tarefa de servir a Deus.



Evidências de um Autêntico Líder

Cristão

Enquanto administra a igreja do

Senhor, o obreiro cristão deve se

distinguir como um autêntico líder;

para tanto, deve ter em mente o

seguinte:

O líder não faz tudo sozinho, mas

delega poderes e distribui tarefas;

O líder não só manda, mas vai na

frente para que seus liderados o

tomem como exemplo;

O líder não tem porque considerar

alguém uma ameaça para sua

liderança, desde que esteja sob a

direção Divina;

O líder não usa de subterfúgios nas

suas ações, mas permite que as

mesmas sejam examinadas a qualquer

hora por quem interessar;

O líder deve estar ocupado não só

na aquisição e conservação do

patrimônio material da igreja, mas,

sobretudo, do bem estar espiritual

da mesma;

O líder respeita o seu liderado e o

trata como co-herdeiro da mesma

esperança.





A FUNÇÃO PASTORAL NA DELEGAÇÃO DE

PODER

A capacidade que as pessoas tem de

realizar é determinada pela

capacidade que tem o seu líder de

delegar poder. O inimigo numero um

da delegação de poder é o desejo de

segurança na função. O líder fraco

pensa que, se ajudar os

subordinados, acabará se tornando

dispensável para a organização.



Delegando Poder

Somente líderes seguros delegam

poder aos outros; só as pessoas que

detêm poder conseguem desenvolver

seu potencial. Se o líder não

consegue ou não quer delegar poder

aos outros, ele cria barreiras

dentro da organização, que as

pessoas não conseguem superar.

Muitas vezes as barreiras

permanecem em pé por muito tempo, e

as pessoas desistem ou procuram

outra organização, onde possam

trabalhar com todo seu potencial.

Este tem sido um sério problema da

igreja nos dias atuais, em que

muitos líderes, com medo de

perderem suas posições, criam

imensas barreiras para que algumas

pessoas, com capacidade de servir

bem em um determinado trabalho, não

venham exercer nenhuma atividade,

simplesmente porque o líder tem

medo de perder a sua posição de

líder.



A Eficácia da Delegação de Poder

Observando a ordem do grande mestre

Jesus, quando enviou os seus

discípulos na grande missão de

levar a sua palavra e o seu Nome a

todos os lugares da terra,

encontramos nesta ordem, uma

delegação de poder para em seu Nome

pregar o evangelho, curar os

enfermos e, de cidade em cidade,

fazerem discípulos. Fundamental

para delegar poder aos outros é

acreditar firmemente nas pessoas.

A igreja de hoje precisa de um

líder de sucesso, que saiba delegar

poder, pois somente um verdadeiro

líder será capaz de treinar outro

líder e enviá-lo a realizar o

trabalho.





3. A FUNÇÃO PASTORAL E OS

DESAFIOS DA IGREJA NOS DIAS ATUAIS

O grande desafio do verdadeiro

líder nos dias atuais é enfrentar

as grandes mudanças que ocorrem na

igreja, os “conflitos de gerações”,

fato este que acontece cada vez

mais na igreja. Nestes conflitos,

os antigos cobram da liderança o

retorno dos “marcos antigos” e os

mais jovens o avanço das “novas

conquistas”, cabendo ao líder

manter o avanço necessário para a

igreja, sem deixar que os

“conflitos” separem as gerações do

maior e principal objetivo da

igreja: anunciar a salvação em

Jesus e ser possuidora de uma vida

regenerada.



Os Desafios dos Relacionamentos na

Igreja

Infelizmente, a cultura que gera

relacionamentos superficiais vem

afetando diretamente a igreja.

Muitas igrejas da pós-modernidade

não estão conseguindo alterar essa

realidade e não conseguem gerar

relacionamentos duradouros. As

igrejas do passado eram como

centros comunitários nas pequenas

cidades e bairros onde se

instalavam, onde se desenvolviam

ambientes de relacionamento e os

laços de amizade eram duradouros.

Hoje, as grandes igrejas agregam

pessoas não só do bairro, mas de

toda a cidade, pessoas habituadas a

relacionamentos fugazes, com pouco

contato pessoal, sem desejo de se

exporem, gente que se encontra aos

milhares, porém de uma forma rápida

e superficial.

As igrejas gradativamente se

convertem de centros comunitários

para centros de auto-ajuda. O fim

disto tudo é quem conseguem

produzir momentos, apenas momentos,

de júbilo, alegria e sensações e

depois despedem as multidões de

volta para a solidão e desespero de

suas vidas.



As Mudanças e a Tensão a Serem

Vivenciadas pela Igreja

Estamos vivendo um período

histórico de transição neste início

de milênio. Trata-se de uma época

de mudanças vertiginosas, profusas

e desestabilizadoras.

Nos dias atuais são mudanças

tecnológicas, culturais,

filosóficas, políticas, etc...

Essas mudanças que ocorrem na

sociedade, não são absolutamente

irrelevantes para a igreja, pois

cria um verdadeiro dilema, e

necessidade urgente de resposta:

Deve a igreja também mudar ou deve

evitar a todo custo qualquer

tentativa de mudança?

Parece um questionamento simples,

porém não é tão simples quanto

parece a princípio, pois se por um

lado á igreja não pode estar

isolada, por outro, há também

limites para as transformações que

possa sofrer.

Se a igreja mantiver um

auto-confinamento, distanciando-se

das mudanças fora de seus limites,

pode ser condenada à estagnação e

ao isolamento dentro de sua cultura

e de quatro paredes, ao passo que

se aceitar as mudanças, sem

qualquer critério acerca das

ideologias, pode ser levada a

secularizar-se.

Por esta razão é necessário um

parâmetro que sirva de guia e

referencial confiável. Tal

parâmetro só pode ser representado

pela Palavra de Deus, cujo crivo

toda mudança deve ser submetida.

Devemos nos lembrar que a bíblia,

já nos ensina que os extremos devem

ser evitados. Nem o fanatismo

legalista nem o liberalismo

inconseqüente.



O Pastor como Agente de

Continuidade e Mudança

Um líder sem uma estratégia é como

um soldado que vai para a guerra

sem um plano de combate: logo

percebe que será derrotado pelo

inimigo.

O Pastor, como agente de

continuidade da obra de Deus,

precisa ser consciente das mudanças

necessárias para o crescimento

sadio da igreja e da organização,

sabendo que não existe nenhum valor

em ser líder apenas para ser uma

foto na galeria de “ex-líderes” de

sua organização. É necessário

marcar época e coragem para

enfrentar e fazer as mudanças.

Os líderes inconformados,

inovadores e que estão realmente

preocupados com as necessidades das

pessoas, serão capazes de marcar

época. São pastores que não querem

apenas ver o tempo passar para

entregar o cargo a outra pessoa.

São aqueles que dominam o tempo e

fazem com que seus projetos

ultrapassem barreiras e fronteiras

Às vezes para se marcar época é

necessários fazer mudanças, e o

nosso mestre Jesus Cristo não

aceitou as tradições, foi um grande

inovador e criou um impacto

espiritual na vida das pessoas,

deixando marcas profundas nas

pessoas no seu tempo e nos dias de

hoje.

O Pastor não pode ser apenas mais

um líder, entre tantos que existem,

ele precisa ser um líder que marque

época, que tenha coragem para dar

continuidade no que é necessário e

mais coragem ainda de realizar as

mudanças que marcarão para sempre a

sua época.





CONCLUSAO: Ao finalizar este

trabalho quero mostrar que ser

Pastor de uma organização e de um

organismo vivo, como a Igreja do

Nosso Senhor Jesus, não é

simplesmente para se ter um emprego

de um “alto executivo”, de grande

“empresário”, mais é ser capaz de

uma total dependência de Deus, é

ser servo, capaz de administrar a

obra de Deus com humildade e

sabedoria, ser exemplo de vida para

os que estão esperando uma

orientação.

Pois quando se trata de Igreja, a

coisa é bem diferente, visto que a

nossa maior responsabilidade não é

simplesmente mostrar os nossos

valores e a nossa capacidade de

servir as pessoas, mas a maior de

todas, é realizar a obra de Deus,

implantando o seu reino e a sua

vontade entre os homens.





BIBLIOGRAFIA

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