BANGLADESH
Dos diversos projetos que a
Portas Abertas apoia em favor
dos irmãos que sofrem
perseguição religiosa ao redor
do mundo, o fornecimento de
recursos financeiros a um casal
em Bangladesh propiciou a
construção de um poço artesiano
para a retirada de água potável.
O país ocupa a 49ª posição na
classificação de países que mais
perseguem os cristãos
"Minha esposa vai ao poço de um
vizinho buscar água à meia-noite
para que ninguém a veja”,
confessou Ali Siddiki, um
policial da aldeia, de 69 anos,
aposentado. "Se eles a pegarem,
ela será acusada de roubar água!
É uma coisa vergonhosa de se
fazer, mas não temos outro meio
para obtermos água potável”,
disse.
Poços artesianos são uma fonte
comum de água potável nas
aldeias rurais de Bangladesh.
Poucos moradores possuem poços
particulares, enquanto a maioria
compartilha poços públicos.
Ex-muçulmanos de Bengali
convertidos a Cristo são
impedidos de obter água por dois
motivos: arsênico e fé cristã.
"Em nossa área, poços públicos
têm mais arsênico, por isso o
governo selou", explicou Ali.
“Poços livres de arsênico estão
sempre lotados. Eu não estou
autorizado a pegar água porque
sou cristão.”
Ali Siddiki converteu-se a
Cristo em 1991. Cresceu em um
lar muçulmano, mas desistiu de
cumprir os ritos do Islã. Ele
descreveu sua vida antes de
Cristo como "suja", sem qualquer
boa reputação. Em determinado
momento, sentiu que precisava
mudar e pedir perdão. "Mas no
Islã, se você perder apenas uma
oração (de cinco) em um dia,
você é condenado a passar muitos
anos no inferno. E eu perdi mil
vezes!", declarou Ali.
Parecia que, quanto mais Ali
seguia o Islã na busca da paz
para a sua alma, mais isso se
tornava impossível. Seu
desespero terminou por levá-lo a
explorar outras religiões, a fim
de saber o que essas crenças
diziam sobre pessoas como ele,
um pecador.
"Um cristão me mostrou na Bíblia
que Isa (Jesus) veio para salvar
os pecadores", relatou Ali. "Ele
leu para mim Marcos 2:17: ‘Não é
o saudável que precisa de um
médico, mas sim os doentes. Eu
não vim chamar os justos, mas os
pecadores’.” Nesse versículo, eu
encontrei esperança, decidi me
converter ao cristianismo e
seguir a Jesus.
"Desde então, eu parei com meus
maus hábitos. Mas as
consequências de algumas ações
passadas estão me assombrando.
Quando eu era muçulmano, me
casei com duas mulheres. Minha
primeira esposa tornou-se cristã
também, mas a minha segunda
mulher permaneceu muçulmana”,
disse Ali, explicando que teria
de pagar uma grande soma à sua
segunda esposa por ter se
divorciado dela.
Ali sempre quis construir um bom
relacionamento com as pessoas de
sua aldeia, mas nunca conseguiu.
Como muçulmano, não era muito
querido; como cristão, passou a
ser odiado. A proibição de sua
família de acesso ao poço
artesiano foi apenas o começo
das muitas pressões que os
muçulmanos frequentemente usam
contra os crentes para forçá-los
a voltar ao islamismo. Em
Bangladesh, os cristãos
representam menos de um por
cento da população do país, que
soma 16 milhões de pessoas.
"Eu não me preocupava com os
muçulmanos", disse Ali. "Mas
minha esposa e eu não poderíamos
continuar indo à propriedade do
vizinho sorrateiramente para
conseguir água. Não é só
vergonhoso, como pode nos
colocar na cadeia! Então, nós
oramos pelo nosso próprio poço."
Este ano, a Portas Abertas
forneceu recursos para que Ali
tivesse seu próprio poço
artesiano. Ele teve a
oportunidade de compartilhar sua
história em um seminário que
aconteceu em agosto, para casais
que vivem sob contexto
muçulmano.
"Eu não tenho palavras
suficientes para expressar minha
gratidão a Deus e à Portas
Abertas," disse Ali. "O poço que
vocês me proporcionaram ajudou
não só a minha família, como
também as demais pessoas da
minha aldeia. Muitos de nossos
poços têm arsênico, então, as
pessoas têm se aglomerando ao
redor de poços públicos e
privados para conseguir água.
Tenho compartilhado a minha água
com os vizinhos. Espero que isso
me ajude a restaurar as boas
relações com eles”, falou.
Pedidos de oração
• Ore para que Ali Siddiki possa
compartilhar seu testemunho de
conversão a Cristo com todos os
moradores de sua aldeia
muçulmana. Peça a Deus para que
o poço artesiano que ele abriu
permaneça livre de arsênico.
• Interceda para que Ali tenha
sabedoria de Deus para cuidar de
sua família. Ele vive com sua
primeira esposa e seu filho mais
velho. Sua segunda esposa e os
outros quatro filhos estão
separados dele.
• Peça a Deus para que a saúde
de Ali seja restaurada.
• Ore para que os ex-mulçumanos
que participaram do seminário
para casais, em agosto desse
ano, apliquem as lições bíblicas
que aprenderam sobre o casamento
e a família.
FontePortas Abertas
Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag
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